12 de julho de 2009

Família

Quando falo do passado da minha família, não tenho modéstia nenhuma ao dizer que a história que me precede é uma das mais lindas que já conheci.

Minha família é, basicamente, uma família de mulheres. Mulheres que, em sua maioria, compartilham do mesmo nome: Luiza.
E as que não compartilham desse nome, acabam adotando também esse jeito 'Luiza' de ser.

Sou cercada por Luizas. E esse nome pode não significar para o leitor o mesmo que significa para mim. Mas as Luizas que conheço são tão fortes e sensíveis quanto é essa palavra.

Sempre tão Luiza.
Ela, sempre tantas!
Mulher singular,
mulher plural.
É única,
e ao mesmo tempo é muitas.
Luiza,
as mulheres da minha vida.

Luiza é anjo,
embora seja ótima como fera.
E mesmo que ela insista
em ser tempestade,
Luiza também é linda
quando é só brisa.

Ela fincou as garras na vida
e com a mesma gana
cravou-as nos corações desavisados.
Não que suas marcas não doam
(muito pelo contrário),
mas Luiza tem a palma
e o colo de algodão.
E com a mesma força que fere
instala-se no eterno das almas.
E ali fica.
Porque Luiza quando ama,
é inteira feita de amor.

Luiza.
Um nome que não diz
sobre quem elas são,
e nem é de todas elas.
Mulheres contrárias e complementares
que me deram o mundo.

O que há de Luiza em mim
é tesouro.
Porque sei que um dia terei asas,
talvez garras...
e poderei ser como elas.
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Palavras dedicadas às Luizas da minha vida: minha avó, minha mãe e minhas três tias.