30 de março de 2012

Mensagem 9

E então um dia eu tive a sorte de cruzar o meu caminho e meus abraços com esse rapaz. E, desde então, aprendi que não importa tanto assim que a gente seja diferente. Porque, no fundo, nós pulsamos no mesmo compasso, e vai ver que foi por isso que foi por isso que só com ele ele eu aprendi a dizer que amo com tanta verdade, que chega a arder o coração.
Passaram-se alguns anos entre a gente, e aí não teve como, aprendemos a ser gente grande. É duro, é sofrido, é bem triste às vezes. Mas tivemos um ao lado do outro. E daí, por algum motivo, o colo dele é capaz de deixar o mundo mais suave, fazer com que o sofrimento escorra devagarzinho. Daqui a pouco, as lágrimas secam e as suas palavras fazem com que eu não tenha mais medo.
Com ele a minha risada também é fácil e boba, e algumas vezes até incontrolável. Chega a dar soluço, por mais que ele ache isso meio estranho.
E de vez em quando minhas mãos ainda tremem um pouquinho quando vejo ele, mesmo depois de todos esses anos. Borboletas no estômago, pernas bambas, bochechas vermelhas. É engraçado, mas ainda acontece, e às vezes fico pensando que nunca vai parar.
E aí, quando tento traduzir isso e tudo mais em palavras, sobra um "Eu te amo", que parece tão pequenininho, não parece?

Acho que para nós é muito mais.